Mandante de assassinato que estava foragido é preso em Olinda por uso de documento falso
Élio Aparecido de Oliveira, mais conhecido como Oliveira júnior, estava foragido da polícia desde 2023, por causa de um mandado de prisão contra ele, expedido pela vara criminal de Itu / SP, em decorrência do trânsito em julgado da condenação em 20 anos por homicídio, ocorrido em 2006 naquela cidade. Ele foi preso 11 de novembro, em Casa Caiada, Olinda / Pernambuco.
O CRIME:
No dia 26 de janeiro de 2006, o advogado Humberto da Silva Monteiro, estava no banco do carona da caminhonete conduzida pelo radialista Josué Soares Dantas Filho, quando por volta das 13h, foi traiçoeiramente surpreendido com diversos disparos de arma de fogo, calibre 38. Dois deles acertaram o advogado na cabeça e ele faleceu. Nenhum tiro acertou o radialista, que estava na direção do veículo.
A MOTIVAÇÃO:
Desde então, as investigações chegaram ao mandante, que era o vice-prefeito da cidade de Itu / SP, na época dos fatos: Élio Aparecido de Oliveira. Porém, sua alcunha 'Oliveira Júnior' ele adotou em tempos que precedem sua atuação na política ( na qual ingressou no ano de 2004, em chapa junto ao então candidato a prefeitura Herculano Castilho Passos Júnior ).
Antes da política, Oliveira Júnior atuou como agente de diversos jogadores de futebol, como Leandro Amaral, Mineiro ( ex-São Paulo ), Roberto Carlos ( pentacampeão mundial ), entre outros. Nesse período adquiriu muita fama e se mudou para a cidade de Itu / SP.
Lá, colecionou desafetos e, pouco tempo após a eleição municipal de 2004, acabou rompendo com o prefeito da época, Herculano Passos Júnior.
Tanto o advogado, que era advogado da chapa de Herculano e Oliveira Júnior, quanto o radialista, que era assessor da chapa eleita em 2004, ficaram do lado do Herculano, após o rompimento político de Oliveira e Herculano.
Oliveira Júnior, que controlava o Ituano Futebol Clube nessa época, não aceitou esse fato e ordenou aos seus seguranças, que trabalhavam para ele também no clube de futebol, que contratassem pessoas para matarem Dantas e Humberto.
E na fatídica data de 26 de janeiro de 2006, Humberto da Silva Monteiro foi morto, por causa de disparos ocorridos por duas pessoas que estavam numa moto, em uma rua central da cidade de Itu, a mando de Oliveira Júnior.
Após isso, ele se mudou para Ribeirão Preto/SP e conseguiu se eleger em 2008, vereador na cidade, mas não terminou o mandado, sendo cassado em outubro de 2011, por ter dirigido embriagado e ter desacatado autoridades.
- Confira a reportagem da JORNAL DA CLUBE / TV CLUBE na época, clicando abaixo:
O JÚRI E A CONDENAÇÃO:
Em fevereiro de 2015, após uma longa série de recursos processuais, Oliveira Júnior foi submetido ao júri de Itu e saiu de lá condenado a 20 anos de prisão, pelo homicídio do advogado Humberto e tentativa de homicídio do radialista Dantas Filho.
PRESO EM 2018, MAS SOLTO EM 2019:
Essa porém, não foi a primeira vez que ele foi preso usando documentação falsificada. Em 2018, quando teve o primeiro mandado de prisão expedido contra ele ( pelo mesmo crime, mas por ocasião da autorização de prisão em segunda instância, à época ), ele foi preso em Cubati, na Paraíba, também portando documento de identidade falsificado. Entretanto, foi solto em 2019, por causa da revogação da prisão em segunda instância, pelo STF.
A PRISÃO ATUAL:
Oliveira Júnior estava em um hotel, em
Casa Caiada, utilizando um documento de identificação falsificado. A
polícia foi informada e se dirigiu até o local, onde efetuou a prisão.
Segundo a polícia, ele se escondia desde 2023.
O DESFECHO:
Como o processo que o condenou pelo homicídio do advogado em Itu transitou em julgado ( não há mais o que se discutir e não cabe recursos ), Oliveira Júnior ficara na prisão por esta condenação e também responderá por estar portando, novamente, documentação falsificada.
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