Como a execução de Gritzbach influenciou no avanço da criminalidade no Brasil?

 O marcante assassinato de Antônio Vinícius Gritzbach foi um dos eventos históricos recentes que chamou atenção de todos para a falta de segurança pública que impera no Brasil.


 E a questão toda se agrava, pois até o presente momento, não existe uma que levou à prisão quem teria sido o efetivo mandante desse brutal crime.

Créditos da imagem: Reprodução / TV Record


 Falar apenas que o crime organizado é o responsável ou alegar que determinada organização criminosa é a culpada por isso, é de se lamentar, pois estar só nesse discurso há vários meses, demonstra a infeciência da estrutura de segurança e inteligência investigativa do estado brasileiro, em levar, de uma vez por todas, o real mandante desse crime à prisão.


 Os holofotes estão voltados para o estado. E não, não são os holofotes da imprensa, apenas, mas sim os holofotes invisíveis do crime organizado!


 Esses holofotes invisíveis do crime organizado são um dos motivos que faz com que o crime prospere após esse violento assassinato, pois a falta de elucidação do estado brasileiro, em face a este crime - que foi o mais brutalmente chocante que ocorreu nos últimos tempos - mostra a desorganização (ou pelo menos um descompasso de eficiência do estado), que o crime organizado não parece ter e, com esse caso, a fraqueza da estrutura brasileira fica evidente e dá uma impressâo de que o crime organizado, se fizer esforço, parece conseguir cometer os crimes mais brutais, sem ter seus mandantes responsabilizados (por enquanto, nem mesmo identificados).


 E isso é um dado terrível, pois nessa lacuna de eficiência do estado, se o crime continuar se organizando, a situação poderá piorar muito no Brasil. De nada adianta alguma tecnologia, se não a polícia não receber investimento para o desenvolvimento e interpretação correta dos dados, além de ter uma melhor estrutura de investigação sobre todas as instâncias da vida dos investigados.


 Isso está ficando patente no decorrer desse caso. E quem se beneficia? O crime, pois cresce nessa falha do estado!

Créditos da imagem: Reprodução / TV Record


 Gritzbach, morreu! O crime, chocou! A sociedade se sente refém da insegurança e, até agora, não tem nenhuma resposta eficiente e definitiva do estado brasileiro!


 A influência desse crime no Brasil é: o modus operandi. Ou seja, a forma de fazer. Aos criminosos que virem que, dessa forma de proceder terão êxito em suas empreitadas, criarão uma situação muito perigosa para a sociedade, pois se eles empregarem um modus operandi semelhante em outros casos, o que garante que estes serão elucidados? Se esse que chamou atenção do Brasil inteiro, não foi? Até o presente momento.


 A sensação de insegurança será total, pois se pararmos para analisar, temos: um rapaz que estava sendo testemunha do estado e foi fuzilado, à luz do dia, no aeroporto mais movimentado do Brasil, num horário de grande movimentação. E até agora não prenderam o mandante.


 Se nessas circunstâncias - que é questão emblemática de segurança pública - a situação não está sendo resolvida, então que segurança o Zezinho da marcenaria pode sentir, se for ameaçado, extorquido ou roubado por alguém? Vão conseguir identificar o responsável e, de fato, recuperar tudo o que lhe fora roubado? Ou só lhe darão um pedaço de papel com um boletim de ocorrência e fim?


 Vida que segue? Não! A vida do Zezinho da marcenaria não seguirá do mesmo jeito, pois terá sido vítima de um crime e sofrerá consequências por isso! O erro é normalizar o pensamento "vida que segue" e ainda culpar o Zezinho. Gritzbach tinha seus problemas e erros, mas quem falhou nesse episódio em sua proteção foi o estado brasileiro. E a falha está sendo dupla, uma vez que não estão prendendo o mandante.


 A burocracia, falta de modernização e eficiência estão sufocando a segurança pública, mesmo com bons profissionais dentro da estrutura. E afeta a todos, pois percebendo isso, o crime organizado só avança.


 A estagnação estatal brasileira está virando um ativo valioso apenas para o crime organizado e, nisso, a sociedade vira refém. Modernizar as leis e investir nas polícias é a única forma de elucidar de fato esse crime que vitimou Gritzbach e também dar base para a resolução e prisões de outros crimes Brasil afora.

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